Banco Central das Filipinas pede maior conscientização sobre criptomoedas
- O Banco Central das Filipinas vê a criptomoeda como ativos virtuais em vez de uma moeda.
- O regulador do banco acredita que as criptomoedas podem melhorar os serviços financeiros em sua região.
A criptomoeda prosperou nas Filipinas desde a pandemia em 2020. Ainda assim, as autoridades estão preocupado sobre seus riscos e estão trabalhando em medidas de proteção para os investidores, aumentando a conscientização local. o Bangko Sentral das Filipinas, que é o banco central filipino, pretende impulsionar a educação cripto local, pois acredita que blockchain e criptomoedas podem desempenhar um papel em sua região.
Em entrevista ao Cointelegraph, um representante do banco confirmou os planos da instituição de se concentrar em ativos virtuais e sua capacidade de melhorar a prestação de serviços financeiros. O banco central acredita que as criptomoedas podem mudar o sistema de pagamentos e remessas no país, mas está preocupado com algumas possíveis armadilhas.
As criptomoedas podem ser usadas para transferir fundos local e internacionalmente, e a maioria dos países está aproveitando esse potencial. As transações criptográficas são mais rápidas e baratas do que as transferências bancárias regulares, mas ainda não foram reconhecidas pelas autoridades.
O uso de criptomoedas para fins financeiros nas Filipinas aumentou durante o bloqueio de 2020. Muitos moradores perderam seus empregos durante a pandemia e, para sobreviver, recorreram à indústria de criptomoedas para encontrar maneiras de ganhar. Jogos de jogar para ganhar, como Axie Infinity, tornaram-se uma tendência quente no país, pois ofereciam aos jogadores a chance de ganhar jogando.
Em vez de impor um limite de investimento em criptomoedas, o banco central filipino pretende criar um ambiente seguro por meio de regulamentos e políticas que garantam a proteção dos investidores. Segundo o representante da instituição,
O BSP continuará a aprimorar e expandir nossas campanhas de conscientização do consumidor financeiro especificamente projetadas para educar as partes interessadas relevantes sobre os ativos virtuais, tanto quanto às vantagens quanto aos riscos envolvidos
O BSP tem uma opinião extremamente negativa sobre o uso de criptomoeda como método de pagamento, apesar de ter como objetivo criar uma estrutura de suporte para isso. O banco observou que os ativos virtuais, principalmente as criptomoedas, não são organicamente destinados a servir como moeda legal. Em vez disso, acredita que os valores das criptomoedas são derivados do acordo da comunidade de usuários.
O BSP alega que riscos como volatilidade significativa, forte potencial para uso fraudulento e ataques cibernéticos tornam as criptomoedas uma opção ruim como meio de pagamento. O regulador financeiro acredita que as criptomoedas têm o potencial de financiar crimes como lavagem de dinheiro, drogas e, em casos extremos, terrorismo. O BSP citou ainda a irreversibilidade das transações de criptomoedas como uma das preocupações de aprovar a criptomoeda como opção de pagamento.
A natureza da tecnologia blockchain significa que nenhuma autoridade central pode reverter ou cancelar uma transação bitcoin. Esse recurso, juntamente com o anonimato das transações de criptografia, oferece aos fraudadores a cobertura necessária para explorar protocolos ou indivíduos vulneráveis.
O BSP enfatizou ainda que, em vez de tratar as criptomoedas como moeda, o banco central as vê como ativos virtuais. De acordo com o regulador, a volatilidade das criptomoedas significa que elas estão sujeitas a perdas frequentes.
Independentemente de suas opiniões sobre criptomoedas, o BSP pretende usá-las para promover e proteger serviços financeiros no país. As Filipinas são um dos muitos países que consideram o lançamento de uma moeda digital do banco central (CBDC.). Mais novidades sobre isso surgirão nos próximos meses.