O Brasil continuará sendo um hub de criptomoedas?
- O Brasil viu um aumento nos pagamentos digitais nos últimos dois meses.
- Em agosto, mais de 12.000 empresas sediadas no Brasil possuíam criptomoedas.
- O Brasil está na fase piloto de sua própria CBDC.
Os brasileiros cruzaram os dedos no domingo, 30 de outubro, enquanto os principais políticos do país, o presidente Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, lutavam pelo direito de liderar a nação sul-americana. As apostas eram altas para cada político naquela que foi uma eleição muito disputada.
Lula da Silva acabou sendo declarado vencedor durante o segundo turno, conquistando 50,9% dos votos. Lula deve tomar posse em janeiro de 2023, mas a oposição espera que seu candidato, o presidente Bolsonaro, conteste os resultados.
Esta não seria a primeira vez que Lula seria presidente do Brasil, tendo governado o país de 2003 a 2010. No entanto, os brasileiros expressaram preocupações sobre suas ideologias e como as indústrias emergentes, como a blockchain, se sairiam sob seu mandato.
A julgar pelos comentários do homem de 77 anos, os entusiastas da criptografia têm pouco com que se preocupar com a sobrevivência dos ativos digitais no Brasil. Em vez disso, as preocupações poderiam ser sobre a regulamentação da indústria. Em outubro, Lula pediu ao banco central do Brasil que desenvolvesse uma estrutura para ativos digitais alinhada com os padrões internacionais de combate à lavagem de dinheiro e práticas ilícitas. O sindicalista observou então que as criptomoedas “merecem a atenção das autoridades”.
Lula é aliado de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central que atualmente ocupa um cargo de assessor na Binance. No entanto, fontes acreditam que Meirelles poderá considerar juntar-se ao governo Lula depois de tomar posse.
A criptomoeda testemunhou grande adoção no Brasil nos últimos meses. O país sul-americano já está na fase piloto de sua moeda digital do banco central (CBDC), o Real digital. O Brasil já tem um projeto de lei criptográfico em vista, mas a chegada de Lula pode mudar tudo isso.
O político esquerdista provavelmente procuraria regular as criptomoedas para reduzir fraudes e golpes. No entanto, é altamente improvável que Lula proíba atividades relacionadas à criptografia. O recém-eleito presidente tem favorecido a quebra da dependência do Brasil do dólar e do mercado ocidental, e as criptomoedas são a melhor opção para tal feito.
Enquanto concorria ao cargo, Lulu declarou que havia registrado seus planos para o governo no blockchain Decred, chamando-o de exemplo de “uma tecnologia inovadora e incorruptível de registros distribuídos por computadores ao redor do mundo que também está por trás do Bitcoin”.