Blockchain do Brasil

Brasil integra rede Blockchain para rastrear gastos públicos

Em uma tentativa de conter a corrupção e gerenciar as finanças públicas, o Brasil revelou uma rede blockchain para rastrear os gastos públicos de forma eficiente.

O evento, que aconteceu no dia 30 de maio, foi viabilizado por um acordo de cooperação entre o Tribunal de Contas da Uniam (TCU) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Foi transmitido ao vivo no canal oficial do Tribunal no YouTube. O principal objetivo desta decisão é o interesse do Brasil em melhorar a eficiência e melhor prestação de contas dentro de sua administração pública.

De acordo com um comunicado divulgado pelo TCU antes do evento de lançamento desta segunda-feira, a Blockchain Network (RBB) do Brasil ainda está em desenvolvimento, mas será utilizada por diversos órgãos governamentais com o objetivo de melhorar os serviços prestados aos seus usuários. As pessoas se tornam mais transparentes sobre os gastos públicos por causa da natureza aberta que o blockchain opera.

Ana Arraes, presidente do TCU da Uniam, afirmou que a ideia de implementar o uso de blockchain em sua governança era um problema desde 2019 em debates governamentais e reuniões parlamentares por causa de sua natureza desconhecida e seu serviço no fornecimento de dados de gastos públicos.

Ela afirmou que “o uso da tecnologia Blockchain passa a ser amplamente discutido porque permite maior proteção, transparência e integridade no armazenamento de informações em bancos de dados públicos de forma a permitir auditabilidade dos dados colocados”.

Embora muitos cidadãos pareçam céticos sobre esta ser outra abordagem à regulamentação de criptomoedas no país, que tem sido uma das questões discutidas pelos legisladores no país, essa nova abordagem de prestação de contas, no entanto, parece ser muito mais do que de um ponto de vista técnico e financeiro.

A segurança e a auditabilidade dos dados, que é uma das melhores partes da inovação blockchain, permitiria que informações mais diretas e confiáveis fossem fornecidas aos cidadãos do Brasil. Ainda assim, uma das preocupações com a escalabilidade dessa abordagem são as altas taxas de transação necessárias para processar transações na rede. Isso pode vir a ser apenas mais um obstáculo ou um importante fator de dissuasão quando colocado nos planos orçamentários do país.

Os níveis de consumo de energia dessa rede também podem afetar a funcionalidade dessa iniciativa no longo prazo.

No entanto, João Alexandre Lopes, gerente da Área de Tecnologia da Informação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), afirmou que assim que a integridade da rede for validada, ela se tornará open-source ao dar acesso público à infraestrutura e atender para beneficiar o público.

Contradizendo a afirmação acima está outro país latino-americano, a Colômbia. A Colômbia já havia desenvolvido um tecnologia para combater a corrupção, mas nunca veio a público com ele ou fez qualquer relatório oficial após três meses de seu lançamento. O Ministério de Tecnologias da Informação e Comunicações do país latino-americano havia observado, durante o lançamento de seu programa piloto, que “busca verificar os benefícios dessa nova tecnologia no ciclo de vida de um título, desde a emissão até o vencimento”, que provou ser um roteiro sólido, mas ficou aquém do período planejado de concepção de seis meses.

Da mesma forma, o Peru está aplicando a dinâmica do blockchain em seus contratos públicos para melhorar a rastreabilidade como parte de um projeto. O Peru passou a fazer parte do LACCain como uma iniciativa para atender à crescente necessidade e expansão das moedas digitais no mercado financeiro. O LACChain é um programa regional do Laboratório de Inovação do BID que tem como objetivo acelerar a adoção e o desenvolvimento da tecnologia blockchain na América Latina. Essa trajetória de aceitação de blockchain em protocolos governamentais serviria como um meio mais eficaz de lidar com problemas administrativos e também serviria como plataforma para avaliar a transparência dos serviços públicos.

Barinem Pene Verificado

Barry Pene é um pesquisador / redator de blockchain severo. Barry negocia criptos desde 2017 e investiu em questões que colocariam a indústria de blockchain no pedestal certo. A experiência de pesquisa de Barry abrange blockchain como uma tecnologia disruptiva, DeFis, NFTs, Web3 e redução dos níveis de consumo de energia da mineração de criptomoedas.

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