
Orientação de títulos de criptomoedas da Alemanha se aproxima do prazo
A corrida está em conformidade com Orientação recém-emitida da Alemanha sobre títulos criptográficos antes do prazo de 10 de junho de 2022. O documento, publicado pela Autoridade Federal de Supervisão Financeira (BaFin), esclarece como os ativos digitais que se qualificam como títulos devem ser tratados sob a lei alemã.
Gestores de ativos e outras instituições financeiras têm lutado para cumprir o Regulamento de Mercados de Criptoativos da União Europeia (MiCA), que entrou em vigor no ano passado. O regulamento criou uma nova categoria de “ativos criptográficos” e estabeleceu regras sobre sua custódia, negociação e publicidade. No entanto, deixou muitas perguntas importantes sem resposta, incluindo se os ativos digitais que se qualificam como títulos devem ser registrados na BaFin.
A nova orientação fornece uma clareza muito necessária sobre essa questão. Ele afirma que qualquer entidade que deseje emitir ou negociar títulos criptográficos deve obter aprovação prévia da BaFin. Isso inclui ofertas iniciais de moedas (ICOs) e ofertas de tokens de segurança (STOs).
As diretrizes também estabelecem requisitos específicos para o armazenamento e custódia de títulos criptográficos. Eles devem ser mantidos de forma a garantir “segurança robusta”, como por meio de carteiras multi-assinatura ou custodiantes qualificados. E devem ser segregados dos fundos gerais da empresa para proteger os investidores em caso de insolvência.
O documento de orientação classifica os tokens em três categorias:
- Tokens de pagamento: Tokens que são usados apenas como meio de pagamento e não representam nenhum direito de propriedade ou titularidade.
- Tokens de utilidade: Tokens que representam o direito de uso de um produto ou serviço específico.
- Tokens de segurança: Tokens que representam uma propriedade ou interesse de dívida em uma empresa ou outros ativos subjacentes.
Quando se trata de negociar tokens de segurança, a BaFin esclareceu que as exchanges precisam ser registradas na agência e atender a certos requisitos, incluindo a proteção dos fundos dos clientes.
A conformidade com esses regulamentos será crucial para quem deseja fazer negócios no florescente mercado de criptomoedas da Alemanha. Aqueles que não cumprirem o prazo de 10 de junho de 2022 podem enfrentar penalidades severas, incluindo multas pesadas e até prisão.
Orientação de títulos criptográficos da Alemanha para custodiantes
Os custodiantes de criptomoedas na Alemanha agora têm mais clareza sobre os requisitos regulatórios que devem atender, após a divulgação de orientações do órgão de fiscalização financeira do país.
O documento, publicado pelo Bundesanstalt für Finanzdienstleistungsaufsicht (BaFin), classifica as criptomoedas como “unidades de conta” e “instrumentos financeiros”, colocando-as sob os regulamentos de valores mobiliários existentes.
Como tal, os custodiantes de criptomoedas devem cumprir as regras de combate à lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo, disse BaFin. Eles também estarão sujeitos a requisitos de capital se detiverem ativos de clientes de forma profissional – ou seja, se a prestação de serviços de custódia for parte essencial de seu modelo de negócios.
Esta é uma notícia bem-vinda para a indústria de criptomoedas alemã, que busca maior clareza no cenário regulatório. A nova orientação fornece a certeza necessária para as empresas que operam neste espaço.
Orientação de títulos criptográficos da Alemanha para exchanges
A orientação de títulos criptográficos esclarece que a BaFin considera as exchanges de ativos digitais como provedores de serviços financeiros e, portanto, sujeitas à regulamentação sob a Lei Bancária, a Lei de Negociação de Valores Mobiliários e a Lei de Supervisão de Serviços de Pagamento.
De acordo com o BaFin, as exchanges de criptomoedas devem obter uma licença do regulador para operar na Alemanha. Além disso, as trocas devem cumprir uma série de outros requisitos.
Os pontos principais do documento de orientação são os seguintes:
- As trocas devem ser registradas na BaFin.
- As trocas devem cumprir os requisitos anti-lavagem de dinheiro (AML) da BaFin.
- As bolsas devem cumprir os requisitos de negociação de valores mobiliários da BaFin.
- As exchanges devem garantir que seus clientes estejam adequadamente protegidos.
- As exchanges devem divulgar seus termos e condições para seus clientes.
- As bolsas devem tomar medidas para evitar o abuso de mercado.
- As exchanges devem garantir que seus sistemas sejam seguros.
- As bolsas devem realizar avaliações de risco regulares.
- As exchanges devem relatar qualquer atividade suspeita à BaFin.
A BaFin confirma que os ativos criptográficos são instrumentos financeiros na acepção da Lei de Negociação de Valores Mobiliários Alemã (Wertpapierhandelsgesetz, WpHG). Isso significa que a oferta e venda de ativos criptográficos e sua negociação estão sujeitas ao WpHG.
Os ativos criptográficos estão sujeitos aos mesmos requisitos regulatórios que outros instrumentos financeiros. Em particular, isso significa que as bolsas devem cumprir os requisitos da Diretiva MiFID II (Diretiva de Mercados de Instrumentos Financeiros II, incluindo o prospecto e as regras de transparência).
A BaFin também confirma que as ofertas iniciais de moedas (ICOs) estão sujeitas ao WpHG. Isso significa que as ICOs devem cumprir as regras de prospecto e transparência e que os tokens podem ser tratados como valores mobiliários.