CFTC acusa a sul-africana Bitcoin Club Mirror Trading International de cometer uma fraude $1.7b
- O regulador disse que o CEO da MTI foi preso recentemente no Brasil de acordo com um mandado da Interpol.
- De acordo com documentos judiciais, Steynberg é uma pessoa procurada em todo o mundo.
- Seu suposto golpe durou de maio de 2018 até o início de 2021, quando a MTI entrou com pedido de falência e liquidação na África do Sul.
A Commodity Futures Trading Commission (CFTC) carregada Bitcoin Club Mirror Trading International (MTI), com sede na África do Sul, com fraude e apropriação indébita de commodities totalizando $1,7 bilhão. De acordo com a CFTC, a MTI executou uma operação de mineração “simulada” na qual prometia aos investidores retornos elevados de até 10% por mês, enquanto na verdade utilizava novos fundos de investidores para pagar aos investidores existentes.
O regulador também alega que o autoproclamado CEO da MTI, Johann Steynberg, foi recentemente detido no Brasil devido a um mandado da Interpol. Se for considerado culpado, o MTI e seus diretores poderão enfrentar pesadas multas e pena de prisão. Este caso destaca os riscos associados ao investimento em ativos criptográficos, mesmo quando são promovidos por organizações aparentemente respeitáveis. Os investidores devem sempre ter cautela e fazer suas próprias pesquisas antes de comprometer quaisquer fundos.
De acordo com a CFTC, o esquema de Steynberg fraudou investidores em mais de 29.000 BTC, tornando-se um dos maiores casos de fraude envolvendo bitcoin até o momento. Steynberg supostamente convenceu as vítimas de que, ao investir seu bitcoin com a MTI, elas estariam participando de um clube de investimento de alta tecnologia que geraria renda passiva com retornos mensais de 10%.
Arquivos de acusação
De acordo com os documentos da acusação, que citaram os comentários da MTI, as vítimas do esquema pensaram que estavam a investir o seu bitcoin num clube de investimento de alta tecnologia “para desenvolver o seu bitcoin”. Segundo Steynberg, os algoritmos do MTI geraram “renda passiva” com retornos mensais de 10%. Os materiais diziam que havia um bônus por indicar amigos e parentes.
Aqueles que recrutaram novos membros também receberam bônus. Na realidade, porém, não havia tal clube de investimento ou algoritmo que gerasse retornos. Em vez disso, Steynberg simplesmente usou os fundos dos investidores para pagar os investidores anteriores e encher seus próprios bolsos.
O regulador disse que Steynberg não forneceu divulgações precisas, enganou os clientes sobre suas contas, nunca executou com sucesso um swap cambial e mentiu sobre a presença de um “bot de negociação”.
De acordo com o tribunal documentos, Steynberg é uma pessoa procurada em todo o mundo. Seu domicílio é na África do Sul, porém, a CFTC afirma que ele foi “preso recentemente” no Brasil devido a um mandado da Interpol.